Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

A automutilação severa, especialmente em indivíduos com Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável (TPEI) e Transtorno do Espectro Autista (TEA) coexistentes, representa um desafio complexo e grave para a saúde. Esses comportamentos podem colocar em risco a vida ou os membros do indivíduo, exigindo intervenção multidisciplinar imediata.

Um estudo de caso recente detalhou a situação de uma mulher de 31 anos que desenvolveu gangrena em um dos dedos do pé devido à aplicação prolongada de um torniquete autoinduzido. Apesar da estabilidade sistêmica inicial, optou-se por um tratamento conservador, considerando a integridade vascular preservada. No entanto, o risco psiquiátrico elevado exigiu a internação compulsória da paciente, conforme previsto pela legislação de saúde mental.

Este caso destaca a delicada balança entre a autonomia do paciente e a necessidade de garantir sua segurança. O manejo de situações como essa exige uma abordagem individualizada e coordenada, envolvendo equipes de psiquiatria, medicina e, em alguns casos, cirurgia. A compreensão das particularidades de cada paciente, especialmente aqueles com comorbidades como TPEI e TEA, é fundamental para um plano de tratamento eficaz e para a prevenção de futuras ocorrências de automutilação severa. É crucial que os profissionais de saúde estejam preparados para lidar com os aspectos clínicos, éticos e legais envolvidos nesses casos complexos, sempre priorizando o bem-estar e a segurança do paciente.

Origem: Link

Deixe comentário