Sincronia Não Verbal: Um Novo Marcador para Diagnóstico em Saúde Mental?
A identificação de marcadores objetivos e implícitos de psicopatologia é crucial para aprimorar a precisão no diagnóstico de transtornos psiquiátricos. Um estudo recente explora a sincronia não verbal como um possível indicador. A sincronia não verbal refere-se à correlação entre os movimentos de indivíduos durante uma interação, um fenômeno que pode ser medido objetivamente através da análise de energia do movimento.
A pesquisa revisou estudos sobre sincronia não verbal em indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA), esquizofrenia, transtorno depressivo maior (TDM), transtorno de ansiedade social (TAS) e transtorno de personalidade borderline (TPB). Os resultados indicaram que a sincronia não verbal tende a ser menor em indivíduos com psicopatologias. Mais interessante ainda, padrões únicos foram observados em diferentes transtornos. Por exemplo, baixa sincronia não verbal combinada com níveis normais de movimento foi associada ao TEA, enquanto baixa sincronia não verbal acompanhada de baixos níveis de movimento foi observada em casos de esquizofrenia. Em indivíduos com TAS, foram encontrados padrões de sincronia excessiva ou insuficiente, dependendo do contexto da interação.
Esses achados sugerem que a análise da sincronia não verbal pode oferecer insights valiosos para o diagnóstico e tratamento de transtornos psiquiátricos. A capacidade de identificar padrões específicos de sincronia não verbal associados a diferentes condições pode levar a abordagens de diagnóstico mais precisas e intervenções terapêuticas mais direcionadas. Embora mais pesquisas sejam necessárias, este estudo destaca o potencial da sincronia não verbal como uma ferramenta promissora no campo da saúde mental.
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