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A experiência subjetiva de esforço mental é fundamental para o controle cognitivo adaptativo, permitindo-nos ajustar nossas estratégias e alocar recursos de forma eficiente diante de tarefas desafiadoras. Uma nova pesquisa publicada na revista Cerebral Cortex investigou as bases neurais e computacionais dessa experiência, buscando entender como o cérebro processa e avalia o esforço mental.

O estudo combinou modelagem computacional e eletroencefalografia (EEG) para analisar as flutuações na atividade neural e como elas se relacionam com a percepção de esforço. Os participantes realizaram tarefas aritméticas de dificuldade variável e, surpreendentemente, podiam escolher a dificuldade antecipadamente. Isso permitiu que os pesquisadores isolassem as assinaturas neurais associadas à preparação para a tarefa (medida pela variação negativa contingente, ou CNV) e ao envolvimento na tarefa em si (medida pela amplitude da onda P3).

Os resultados revelaram que os participantes ajustavam seus limites de decisão com base na dificuldade esperada, demonstrando um aumento na cautela. Essa cautela, por sua vez, estava intimamente ligada às avaliações subjetivas de esforço, sugerindo que o custo de um acúmulo adicional de informações influencia a nossa percepção de dificuldade. A análise de EEG também mostrou que o esforço subjetivo era sensível à amplitude da P3, indicando o esforço exercido durante a execução da tarefa, mas não à atividade preparatória da CNV. Em outras palavras, a sensação de esforço parece estar mais relacionada ao trabalho mental realizado do que à preparação para ele. Esses achados oferecem novas perspectivas sobre os mecanismos computacionais subjacentes ao esforço mental, destacando o papel seletivo da atividade neural durante a execução da tarefa.

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