Mobilidade Pós-AVC: Autoeficácia e Atividades Prévias como Fatores Chave
A recuperação da mobilidade após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um desafio complexo, influenciado por diversos fatores. Um estudo recente investigou a contribuição de elementos pessoais e ambientais na limitação da mobilidade em pacientes que sofreram um AVC. A pesquisa buscou identificar o impacto desses fatores e quantificar a perda de mobilidade resultante do AVC.
O estudo exploratório, de natureza transversal, envolveu 209 participantes diagnosticados com AVC há menos de sete dias. Os pesquisadores analisaram a mobilidade dos pacientes antes e depois do AVC, além de considerar variáveis como idade, autoeficácia (a crença na própria capacidade de realizar tarefas), suporte social, nível de atividade física e participação social prévias, independência funcional, fatores ambientais preexistentes, depressão pós-AVC e cognição. Os resultados revelaram que a mobilidade já estava reduzida antes do AVC, e que o evento contribuiu com uma perda adicional de cerca de 30% na mobilidade imediatamente após o ocorrido.
As conclusões do estudo destacam a importância da autoeficácia e do nível de atividade/participação pré-AVC, combinados com a independência funcional, como os melhores indicadores para explicar as limitações na mobilidade após o AVC. Em outras palavras, pacientes que se sentem mais confiantes em suas habilidades, que eram mais ativos antes do AVC e que mantêm um certo nível de autonomia tendem a apresentar melhor mobilidade após o evento. Estes achados sublinham a necessidade de intervenções focadas no fortalecimento da autoeficácia e na promoção da atividade física e participação social como parte integrante do processo de reabilitação pós-AVC, visando otimizar a recuperação da mobilidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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