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Um estudo recente investigou as habilidades morfológicas e morfossintáticas de adolescentes falantes de hebraico com e sem Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, publicada no Journal of Communication Disorders, buscou entender melhor como o TEA impacta o desenvolvimento da linguagem, especificamente no que se refere à formação de palavras e à estrutura das frases.

Participaram do estudo 59 adolescentes, divididos em dois grupos: um grupo com 29 indivíduos diagnosticados com TEA (idades entre 14 e 18 anos) e um grupo controle de 30 adolescentes com desenvolvimento típico (TD), também com idades entre 14 e 18 anos. Os participantes foram avaliados em diversas áreas, incluindo inteligência não verbal, vocabulário e produção de estruturas morfológicas e morfossintáticas. As avaliações tinham como objetivo comparar o desempenho dos dois grupos e identificar possíveis correlações entre o vocabulário e o desempenho nas tarefas de linguagem.

Os resultados apontaram para diferenças significativas entre os grupos, favorecendo os adolescentes com desenvolvimento típico em tarefas relacionadas à flexão verbal no passado e à flexão verbal em tempos verbais mistos. Curiosamente, ambos os grupos demonstraram maior facilidade em tarefas que envolviam componentes regulares da linguagem. A pesquisa também identificou que o vocabulário estava correlacionado com o desempenho em diversas tarefas morfológicas e morfossintáticas em ambos os grupos. Adicionalmente, o estudo revelou a existência de dois perfis de linguagem distintos entre os adolescentes com TEA, reforçando a importância de avaliações de linguagem individualizadas e intervenções direcionadas. Os autores do estudo recomendam a realização de estudos longitudinais para determinar se os desafios de linguagem observados são resultado de atrasos no desenvolvimento ou déficits persistentes.

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