Inteligência Artificial no Autismo: Avanços e Desafios na Detecção e Intervenção
O uso da inteligência artificial (IA) no estudo e tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças e adolescentes tem demonstrado um crescimento significativo nos últimos anos. Pesquisas recentes indicam um aumento expressivo nas publicações sobre o tema, com um pico notável após 2020, refletindo o crescente interesse da comunidade científica em explorar as potencialidades da IA para auxiliar no diagnóstico, compreensão e intervenção no TEA.
Uma análise detalhada das áreas de foco revela que a IA tem sido aplicada principalmente no desenvolvimento de modelos de diagnóstico mais precisos e precoces, utilizando dados de neuroimagem e avaliações comportamentais. A detecção precoce de riscos e a análise aprofundada do comportamento são áreas que têm se beneficiado consideravelmente dos avanços da IA, permitindo identificar padrões sutis que podem passar despercebidos em avaliações tradicionais. Além disso, a IA tem sido empregada na análise de neuroimagens para identificar marcadores biológicos associados ao TEA, oferecendo uma visão mais objetiva e detalhada das características neurológicas do transtorno.
Apesar dos avanços promissores, a pesquisa em IA para intervenções e comorbidades associadas ao TEA ainda é limitada. Existe uma necessidade urgente de explorar o potencial da IA no desenvolvimento de terapias personalizadas e no acompanhamento longitudinal de indivíduos com TEA. Áreas como a criação de jogos terapêuticos adaptativos, sistemas de comunicação aprimorados e ferramentas de suporte para o desenvolvimento de habilidades sociais representam oportunidades valiosas para a aplicação da IA. O futuro da pesquisa em IA e TEA reside na expansão para além do diagnóstico, focando no desenvolvimento de soluções inovadoras que promovam a qualidade de vida e o bem-estar de crianças e adolescentes com autismo.
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