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A ventilação não invasiva (VNI) tem se mostrado uma ferramenta importante para melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida de pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA). No entanto, um estudo recente realizado na Austrália revelou que a adesão a essa terapia ainda é relativamente baixa, estimada em apenas 19% entre os australianos com ELA.

Para entender melhor essa situação, pesquisadores conduziram um levantamento nacional com o objetivo de identificar os fatores demográficos e relacionados à doença que estão associados à utilização da VNI. Os resultados mostraram que a adesão à VNI parece ter aumentado na última década. Quase metade dos participantes (46%) estavam utilizando VNI no momento da pesquisa. No entanto, o estudo também apontou disparidades preocupantes relacionadas ao sexo, idade e localização geográfica dos pacientes. Homens, indivíduos com menos de 65 anos, residentes em áreas metropolitanas ou regionais, e aqueles que frequentavam clínicas multidisciplinares especializadas em ELA apresentaram maior probabilidade de utilizar a VNI.

Essas descobertas ressaltam a importância de investigar as causas subjacentes a essas disparidades. É crucial que sejam desenvolvidas e implementadas intervenções direcionadas para garantir que todos os pacientes com ELA, independentemente de seu sexo, idade ou localização, tenham acesso à VNI e possam se beneficiar dessa terapia que pode melhorar significativamente sua qualidade de vida e prolongar sua sobrevida. A pesquisa também destacou que uma parcela significativa dos participantes (26%) nunca havia sequer discutido a VNI com um profissional de saúde, evidenciando a necessidade de maior conscientização e educação sobre o tema.

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