Saúde Desvendada

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Um estudo recente revelou que crenças normativas e preconceitos interseccionais podem prejudicar a interação entre pacientes e profissionais de saúde no tratamento da dor. A pesquisa, publicada no Journal of Oral Rehabilitation, investigou como pacientes com dor na mandíbula e pescoço percebem o tratamento e a interação com os profissionais, focando especificamente na questão do gênero e outros fatores que podem levar à discriminação.

O estudo qualitativo, realizado na Suécia, envolveu entrevistas com 16 pacientes, predominantemente mulheres, com idades entre 19 e 56 anos. Os resultados apontaram para a existência de um tema central: ‘Preconceito interseccional na saúde – a desigualdade suportada pelos pacientes’. Esse tema se desdobrou em cinco subtemas que revelam diferentes formas de discriminação relacionadas às características pessoais dos participantes e à sua interação com os profissionais de saúde. Um dos subtemas identificados foi o estigma relacionado à saúde, que leva à rotulação e sobrecarga dos pacientes durante o atendimento. Outros subtemas descreveram preconceitos relacionados a diferenças biológicas entre pacientes com dor e situações em que os pacientes não são levados a sério devido ao gênero feminino e à idade jovem.

As conclusões do estudo reforçam a importância de reconhecer e combater o preconceito interseccional no ambiente de saúde. A interação entre pacientes e profissionais deve ser neutra e igualitária, e a conscientização sobre os diferentes tipos de preconceito é fundamental para prevenir desigualdades no acesso e na qualidade do tratamento. A pesquisa destaca a necessidade de uma abordagem mais sensível e individualizada no tratamento da dor, levando em consideração as experiências e as necessidades específicas de cada paciente, independentemente de seu gênero, idade ou outras características pessoais. Profissionais de saúde devem estar atentos para não deixar que crenças e preconceitos influenciem suas decisões e o relacionamento com os pacientes. Afinal, o objetivo principal deve ser sempre o bem-estar e a qualidade de vida do paciente.

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