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A memória visual de trabalho (VWM) desempenha um papel crucial na nossa capacidade de reter e manipular informações visuais temporariamente. Ela nos permite, por exemplo, lembrar o caminho percorrido em um labirinto ou comparar diferentes objetos em uma vitrine. Um estudo recente investigou como a quantidade de informações que tentamos manter na VWM e a prioridade que damos a esses itens influenciam a nossa suscetibilidade a distrações e a precisão das nossas lembranças.

Na pesquisa, participantes realizaram tarefas que exigiam que eles memorizassem conjuntos de imagens e, ao mesmo tempo, lidassem com estímulos distractores. Os resultados revelaram que, quando a carga de informações relevantes (CR) na VWM aumentava, ou seja, quando os participantes precisavam lembrar de mais itens importantes, a interferência causada por elementos distractores diminuía. No entanto, essa sobrecarga também levava a uma menor precisão na memória. Surpreendentemente, aumentar a carga de informações que seriam relevantes no futuro (FR) não teve impacto significativo na distração ou na precisão da memória.

Um achado particularmente interessante foi a ausência de uma vantagem consistente para os itens que receberam maior prioridade nos testes de memória posteriores. Isso sugere que os benefícios da priorização podem ser comprometidos quando a atenção é desviada por demandas externas. Em conjunto, esses resultados apontam para uma distinção funcional entre os itens CR e FR na VWM e destacam como o estado atencional – e não apenas a quantidade de informações – molda o impacto das representações na memória visual. Compreender esses mecanismos pode abrir caminhos para estratégias que melhorem o desempenho da memória em situações de alta demanda cognitiva.

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