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Um estudo inovador utilizou a análise de redes complexas para identificar padrões anormais de comunicação entre diferentes áreas do cérebro em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, que comparou 58 pacientes com TEA e 57 crianças com desenvolvimento típico, com idades entre 6 e 12 anos, revelou vias neurais atípicas que podem estar relacionadas com os desafios sociais e comportamentais característicos do autismo.

Os pesquisadores construíram redes causais cerebrais, utilizando um modelo de aprendizado profundo para inferir as relações entre as regiões do cérebro e o tempo de transmissão dos sinais. Ao comparar os grupos, identificaram diversas vias funcionais alteradas em crianças com TEA, principalmente nas áreas de junção dos lobos frontal e parietal, e também nos lobos occipitais. A análise revelou que três circuitos cerebrais específicos apresentaram uma correlação negativa significativa com o desempenho em testes de habilidades de comunicação social, sugerindo um papel importante desses circuitos nas dificuldades enfrentadas por indivíduos com TEA.

Essas descobertas representam um avanço importante na busca por biomarcadores para o TEA, que atualmente carece de métodos de diagnóstico objetivos e precoces. A identificação dessas vias neurais anormais abre novas perspectivas para o desenvolvimento de intervenções personalizadas e terapias mais eficazes, focadas em modular a atividade desses circuitos e melhorar as habilidades sociais e de comunicação em crianças com autismo. A pesquisa demonstra o potencial da análise de redes complexas como ferramenta para a compreensão das bases neurobiológicas do TEA e para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas inovadoras.

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