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A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada pela perda progressiva de neurônios produtores de dopamina. Uma pesquisa recente investigou o potencial da eletroacupuntura (EA) como uma terapia complementar para aliviar os sintomas motores e neurológicos associados à DP. O estudo, realizado em um modelo animal da doença, sugere que a EA pode ter um efeito protetor no cérebro.

O estudo utilizou um modelo de camundongos com DP induzida por MPTP, uma neurotoxina que causa danos semelhantes aos observados na DP humana. Os camundongos foram submetidos a tratamentos de EA em pontos de acupuntura específicos (GV20 e GB34) e os resultados foram comparados com um grupo controle. Os pesquisadores observaram que a EA melhorou o desempenho motor dos camundongos, aumentou a expressão de tirosina hidroxilase (uma enzima crucial na produção de dopamina) em regiões cerebrais afetadas pela DP e reduziu o acúmulo de alfa-sinucleína, uma proteína associada à patologia da doença. Além disso, a EA pareceu melhorar a estrutura das membranas associadas ao retículo endoplasmático das mitocôndrias (MAMs), estruturas importantes para a função celular.

Uma análise transcriptômica revelou que a EA pode exercer seus efeitos através da modulação do gene Fn1, que desempenha um papel na estabilização das MAMs e na neuroproteção. A eletroacupuntura demonstrou aumentar a expressão de Fn1, o que sugere que essa via pode ser fundamental para os benefícios terapêuticos observados. Embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar esses achados em humanos, o estudo oferece uma nova perspectiva sobre o potencial da eletroacupuntura como uma abordagem complementar no tratamento da doença de Parkinson, atuando possivelmente na interação entre mitocôndrias e o retículo endoplasmático.

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