Descobertas Promissoras: Vesículas Extracelulares Revelam Novas Pistas Sobre o Autismo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta aproximadamente 1% da população mundial e tem apresentado um aumento significativo desde o início dos anos 2000. Embora as alterações na função sináptica sejam consideradas um fator importante nas anomalias observadas no TEA, os mecanismos moleculares específicos que desencadeiam o distúrbio ainda não são totalmente compreendidos. Pesquisas recentes têm demonstrado que as vesículas extracelulares (VEs), especialmente os exossomos, desempenham um papel fundamental na comunicação celular dentro do cérebro.
Um estudo inovador utilizou modelos de organoides corticais derivados de pacientes com TEA para investigar as VEs secretadas por tecido tridimensional (3D) humano e identificar seu conteúdo. Os resultados revelaram, pela primeira vez, alterações nas VEs derivadas de organoides de pacientes com TEA em comparação com VEs corticais de controles saudáveis. Essa descoberta abre novas perspectivas para a compreensão da patofisiologia do autismo.
Através de técnicas avançadas como sequenciamento de pequenos RNAs, proteômica, rastreamento de nanopartículas e microscopia, os pesquisadores conseguiram caracterizar detalhadamente o conteúdo transportado pelas VEs secretadas pelos modelos 3D de prosencéfalo humano. As análises revelaram diferenças substanciais tanto no RNA quanto nas proteínas presentes nas VEs derivadas de pacientes com TEA. Esses achados fornecem informações valiosas sobre os mecanismos da doença e destacam o potencial dos exossomos como ferramentas de diagnóstico e tratamento para o TEA. Essas descobertas representam um avanço significativo na busca por terapias mais eficazes e personalizadas para indivíduos com autismo.
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