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A assimetria facial causada pela hiperplasia condilar idiopática (HCI) inativa apresenta um desafio complexo para cirurgiões e ortodontistas. Tradicionalmente, a condilectomia (remoção do côndilo mandibular) tem sido recomendada para casos de HCI ativa, mas sua necessidade em casos inativos é um tema de debate. Um estudo recente investigou uma abordagem ortognática conservadora para tratar essa condição, visando reduzir a morbidade e evitar a condilectomia.

O estudo retrospectivo analisou dez pacientes com HCI inativa confirmada, com idades entre 19 e 56 anos. Todos os participantes passaram por preparação ortodôntica seguida de cirurgia ortognática bimaxilar, guiada por planejamento virtual 3D e guias cirúrgicos específicos para cada paciente. A precisão pós-operatória foi avaliada comparando tomografias computadorizadas de um ano com o plano pré-operatório. O acompanhamento de longo prazo se estendeu por cinco anos. Os resultados revelaram desvios médios muito pequenos entre as posições ósseas planejadas e as alcançadas: apenas 0,79 mm para a maxila e 1,33 mm para a mandíbula. Notavelmente, não houve casos de reativação condilar ou recidiva da assimetria.

Além da alta precisão, o protocolo demonstrou baixa morbidade. Os pacientes completaram o acabamento ortodôntico e a fisioterapia sem complicações. O tempo cirúrgico e os ajustes intraoperatórios foram minimizados, resultando em poucos efeitos colaterais pós-operatórios significativos. Esses achados sugerem que, em casos selecionados de HCI inativa, uma abordagem ortognática conservadora, auxiliada por planejamento digital e instrumentos personalizados, pode oferecer resultados precisos, estáveis e com menor risco para o paciente. Embora os resultados sejam promissores, os autores enfatizam a necessidade de estudos futuros com amostras maiores e projetos multicêntricos para validar ainda mais essa abordagem inovadora no tratamento da assimetria facial.

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