Termografia Infravermelha: Uma Nova Ferramenta para Avaliar a Saúde Mental de Crianças e Adolescentes
A saúde mental de crianças e adolescentes é um fator crucial para o seu desenvolvimento e bem-estar geral. Identificar e monitorar problemas nessa área, como transtornos emocionais, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e até mesmo níveis elevados de estresse, pode ser um desafio. Uma pesquisa recente explora o uso da termografia infravermelha (TIV) como uma ferramenta promissora para auxiliar nessa avaliação.
A termografia infravermelha é uma técnica não invasiva que mede a distribuição de temperatura na superfície do corpo. Essa medição pode revelar mudanças sutis relacionadas à atividade do sistema nervoso autônomo, que está intimamente ligado às nossas emoções e respostas fisiológicas ao estresse. O estudo analisou diversas pesquisas que aplicaram a TIV em diferentes contextos de saúde mental pediátrica. Por exemplo, em crianças com transtornos emocionais, a TIV pode detectar alterações na temperatura facial associadas a diferentes estados emocionais. No caso do TEA, a técnica pode auxiliar na identificação de padrões de temperatura relacionados ao processamento sensorial e à regulação emocional. Em indivíduos com TEPT, a TIV pode capturar respostas emocionais e psicológicas ao trauma.
A pesquisa destaca ainda a importância da TIV na avaliação da carga cognitiva. Medir o esforço mental de uma criança ou adolescente, especialmente em situações de aprendizado, é fundamental. Métodos tradicionais, como o autorrelato, podem ser subjetivos e imprecisos. A TIV oferece uma alternativa objetiva e em tempo real, permitindo o monitoramento da atividade cerebral através da temperatura da superfície da pele. Embora ainda existam lacunas a serem preenchidas em relação aos padrões clínicos e protocolos específicos para a população pediátrica, a termografia infravermelha demonstra um grande potencial como ferramenta complementar na avaliação e monitoramento da saúde mental de crianças e adolescentes, oferecendo insights valiosos sobre o seu bem-estar emocional e cognitivo. Essa abordagem inovadora pode abrir novas portas para intervenções mais precoces e personalizadas, promovendo um futuro mais saudável para os jovens.
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