Saúde Desvendada

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Um estudo recente investigou os efeitos da intervenção CO-OP (Cognitive Orientation to daily Occupational Performance) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Coordenação do Desenvolvimento (TCD). Até 88% das crianças com TEA apresentam dificuldades motoras consistentes com TCD, tornando essa comorbidade um desafio significativo. A intervenção CO-OP é uma abordagem terapêutica eficaz para auxiliar essas crianças no aprendizado de habilidades motoras, mas até então, os efeitos dessa intervenção no cérebro não eram totalmente compreendidos.

A pesquisa envolveu 24 crianças com TEA e TCD, com idades entre 8 e 12 anos. Os participantes foram submetidos a exames de ressonância magnética (RM) e divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo de tratamento, que recebeu a intervenção CO-OP semanalmente por 10 semanas, e um grupo de controle, que aguardou três meses antes de receber a intervenção. Os resultados mostraram que as crianças que receberam a intervenção CO-OP apresentaram um aumento na anisotropia fracional (FA) na matéria branca cerebelar, especificamente no lóbulo VI do vermis e no pedúnculo cerebelar médio. A FA é uma medida da integridade e organização das fibras nervosas no cérebro.

O mais interessante é que essas mudanças cerebrais foram mantidas mesmo três meses após o término da intervenção, sugerindo um efeito duradouro do tratamento. Embora a análise de regressão não tenha encontrado uma relação direta entre as mudanças na matéria branca e os resultados motores, as melhorias nas vias da matéria branca cerebelar em crianças com TEA e TCD destacam a eficácia das intervenções CO-OP como uma abordagem terapêutica promissora para essa população clínica. Este estudo oferece *insights valiosos* sobre a plasticidade cerebral em resposta à reabilitação em crianças com autismo, *abrindo caminhos* para futuras pesquisas e aprimoramento das intervenções terapêuticas existentes.

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