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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é caracterizado por uma variedade de rituais, que incluem tanto comportamentos visíveis quanto atividades mentais. Curiosamente, muitos desses rituais envolvem o sentido do tato. Apesar da importância fundamental do toque nas interações físicas, emocionais e sociais, a conexão entre o toque e o TOC tem sido pouco explorada. Uma análise recente busca aprofundar essa relação complexa, examinando como o tato se manifesta em diferentes aspectos do transtorno.

A análise aborda três domínios principais: fenômenos sensoriais, toque social e interpessoal, e aplicações terapêuticas. No âmbito sensorial, são investigadas as sensações de “perfeição” ou “exatidão”, onde a pessoa busca uma sensação tátil específica e precisa, e a hipersensibilidade tátil. No contexto social, a pesquisa foca na evitação do toque, na busca por reafirmação através do toque e nas comorbidades com traços do espectro autista. Já nas aplicações terapêuticas, são exploradas técnicas como exposições táteis, intervenções baseadas em mindfulness e práticas somáticas.

A pesquisa distingue entre o toque discriminatório, que permite identificar a forma, textura e temperatura dos objetos, e o toque afetivo, ligado às emoções e ao estabelecimento de vínculos. Disfunções nesses sistemas táteis podem contribuir para o desenvolvimento e a manutenção dos sintomas do TOC. Embora a pesquisa empírica nessa área ainda seja limitada, a análise propõe um modelo conceitual para orientar estudos futuros, enfatizando as implicações clínicas para a avaliação e o tratamento do TOC, além de abordar considerações culturais e éticas no uso do toque em terapias para indivíduos com TOC relacionado à contaminação.

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