Saúde Desvendada

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O câncer de cabeça e pescoço (CCP) abrange tumores que afetam a boca, garganta, glândulas salivares, laringe, nariz e seios da face. No Reino Unido, mais de 12.000 pessoas são diagnosticadas anualmente com essa condição. A dissecção cervical, procedimento cirúrgico fundamental no tratamento do CCP, pode levar a restrições nos movimentos do ombro e pescoço, dor, fadiga e baixo humor no pós-operatório, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes, com menos da metade retornando ao trabalho.

Para enfrentar esses desafios, um novo estudo multicêntrico, pragmático e randomizado, denominado GRRAND (Getting Recovery Right After Neck Dissection), está sendo conduzido. O objetivo principal é avaliar a eficácia clínica e o custo-benefício de um programa de fisioterapia personalizado em comparação com o tratamento padrão oferecido pelo National Health Service (NHS) após a alta hospitalar. O estudo envolverá 390 participantes recrutados em diversos centros do Reino Unido, com acompanhamento de 12 meses.

O principal resultado avaliado será a dor e a incapacidade no ombro após 12 meses. Adicionalmente, serão coletados dados sobre dor, função, qualidade de vida relacionada à saúde, bem-estar mental, utilização de recursos de saúde e eventos adversos em diversos momentos (6 semanas, 3, 6 e 12 meses), além da adesão ao programa de exercícios após 6 semanas. Uma avaliação de processo também será realizada para entender como o GRRAND é implementado, entregue e recebido em diferentes contextos clínicos, buscando identificar o que funciona, para quem e sob quais condições. Os resultados do estudo serão divulgados através de publicações científicas, apresentações em conferências, resumos para leigos e mídias sociais, contribuindo para aprimorar a recuperação e o bem-estar de pacientes submetidos à dissecção cervical devido ao câncer de cabeça e pescoço.

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