Descoberta Promissora: Modulação da Via de Sinalização Shank3/Homer1/mGluR5 Abre Caminho para Tratamentos de Autismo
Um novo estudo revelou que a modulação da via de sinalização Shank3/Homer1/mGluR5 desempenha um papel crucial na plasticidade sináptica, um processo fundamental para a adaptação e o funcionamento saudável do cérebro. A pesquisa, publicada no Journal of Neuroscience, investigou como a privação de atividade neuronal afeta essa via, especialmente em relação ao upscaling sináptico, um mecanismo de compensação que fortalece as conexões sinápticas enfraquecidas.
A proteína Shank3, associada a transtornos do espectro autista (TEA), é uma proteína de arcabouço pós-sináptica que conecta os receptores de glutamato a redes de sinalização e tráfego dentro da densidade pós-sináptica. Ela é essencial para o upscaling sináptico, um tipo de plasticidade homeostática que modula bidirecionalmente a força pós-sináptica para estabilizar a atividade neuronal. A Shank3 sofre fosforilação/desfosforilação dependente da atividade em determinados sítios, e a desfosforilação nesses locais é crítica para permitir o upscaling sináptico. O estudo demonstra que a desfosforilação da Shank3 remodela a via de sinalização Shank3/Homer1/mGluR para favorecer a sinalização mGluR dependente de agonista, o que é necessário para habilitar o upscaling sináptico.
Os resultados indicam que a desfosforilação da Shank3 altera as interações entre proteínas sinápticas, impulsionando a sinalização dependente de agonista através dos receptores de glutamato metabotrópicos (mGluRs). Essa sinalização é fundamental para o upscaling sináptico. A pesquisa sugere que a ativação do mGluR5 pode resgatar o upscaling sináptico na presença de Shank3 fosfomimética, indicando que a sinalização do mGluR5 atua a jusante da fosforilação da Shank3. Mais amplamente, como o downscaling é considerado um processo que requer sinalização mGluR5 independente de agonista, essas descobertas demonstram que o up e o downscaling sináptico dependem de configurações funcionais distintas dos mesmos elementos de sinalização. Essas descobertas abrem novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias mais eficazes para o autismo e outros distúrbios neurológicos relacionados à função sináptica.
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