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A Doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) é uma condição neuromuscular hereditária que afeta os nervos periféricos, levando à fraqueza muscular progressiva, principalmente nas extremidades. Uma característica comum em pessoas com CMT é a fadiga motora, que se manifesta como uma diminuição na força muscular máxima após um período de atividade. Um estudo recente investigou a viabilidade de um teste simples para avaliar essa fadiga motora em crianças e adolescentes com CMT tipo 1A, a forma mais comum da doença.

O estudo utilizou um dinamômetro de bulbo, um dispositivo que mede a força de preensão manual. As crianças realizaram contrações isométricas voluntárias máximas repetitivas (apertando o dinamômetro) em intervalos regulares até a exaustão. Durante o teste, a atividade elétrica dos músculos (eletromiografia) também foi monitorada. Os resultados demonstraram que o protocolo é viável e confiável para avaliar a fadiga motora em crianças com CMT1A, com boa reprodutibilidade do teste.

Além disso, o estudo comparou o desempenho no teste entre crianças com CMT1A e um grupo de controle de crianças com desenvolvimento típico. Ambos os grupos atingiram a exaustão em cerca de 4 minutos, com uma diminuição significativa na força de preensão manual. A análise da atividade elétrica dos músculos também revelou uma redução na ativação neural em ambos os grupos durante o teste de fadiga. Os pesquisadores sugerem que este teste simples de força manual pode ser uma ferramenta útil para monitorar a progressão da doença e avaliar a eficácia de tratamentos em crianças com CMT1A. Estudos futuros deverão investigar sua aplicação em outros tipos de CMT.

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