Idade da Capacidade Intrínseca: Um Biomarcador para um Envelhecimento Saudável?
Com o aumento da expectativa de vida, torna-se cada vez mais importante monitorar o envelhecimento de forma abrangente, buscando identificar marcadores que reflitam a saúde geral do indivíduo. Um estudo recente propõe a ‘idade da capacidade intrínseca’ (IC-idade) como um biomarcador promissor. Essa métrica inovadora busca avaliar a idade biológica, considerando diversos fatores além da idade cronológica.
O estudo, que envolveu uma análise de dados de mais de 48 mil participantes com 60 anos ou mais, utilizou aprendizado de máquina para criar um modelo preditivo da IC-idade. Esse modelo levou em consideração biomarcadores relacionados a cognição, aspectos psicológicos, sentidos, vitalidade e locomoção, juntamente com fatores demográficos. Os resultados indicaram que a IC-idade conseguiu estimar a idade biológica com uma margem de erro de aproximadamente 5 anos, demonstrando sua capacidade de diferenciar indivíduos com diferentes perfis de saúde.
Um dos achados mais relevantes foi a associação entre a IC-idade e a multimorbidade, que é a ocorrência de múltiplas doenças crônicas em um mesmo indivíduo. Indivíduos com multimorbidade apresentaram uma IC-idade significativamente maior, sugerindo que essa medida reflete o impacto do acúmulo de problemas de saúde no processo de envelhecimento. Além disso, o estudo revelou que a prática de atividade física vigorosa, especialmente em mulheres com comorbidades, exerceu um efeito protetor sobre a IC-idade, reforçando a importância do exercício para um envelhecimento saudável. Esses resultados apontam para o potencial da IC-idade como ferramenta para o desenvolvimento de intervenções personalizadas e estratégias de saúde pública focadas na promoção de um envelhecimento ativo e com qualidade de vida.
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