Exposição ao Verde e Autismo: Um Estudo em Crianças Urbanas na China
O transtorno do espectro autista (TEA) em crianças é uma preocupação crescente de saúde pública global, com um aumento notável em países em desenvolvimento como a China. A busca por entender as causas do TEA continua sendo um desafio complexo, e novas áreas de investigação estão surgindo. Uma delas é a possível influência do ambiente, especificamente a exposição a espaços verdes, no desenvolvimento do transtorno.
Um estudo recente investigou a relação entre a exposição ao verde e a prevalência de TEA em uma grande cidade no sudoeste da China. A pesquisa envolveu um rastreamento em duas etapas de mais de 13.000 crianças entre 0 e 52 meses em 20 hospitais de atenção primária. Os resultados apontaram para uma prevalência estimada de TEA de 0,55%. Os pesquisadores combinaram dados de exposição ao verde, poluição do ar e condições climáticas com os diagnósticos de TEA, levando em consideração a localização geográfica dos participantes. A análise revelou que o sexo masculino e a idade mais avançada estavam significativamente associados a maiores chances de diagnóstico de TEA.
Embora a associação direta entre o diagnóstico de TEA e a exposição ao verde não tenha se mostrado estatisticamente significativa neste estudo, os pesquisadores enfatizam a importância dos dados do mundo real para aprimorar os métodos de rastreamento de TEA e orientar futuras pesquisas. Os resultados destacam o potencial do uso de dados ambientais e de saúde para informar políticas urbanas e de saúde pediátrica mais eficazes e sustentáveis. A pesquisa sugere que, embora a ‘exposição ao verde’ possa não ser um fator isolado determinante, a análise de dados abrangentes pode contribuir para uma compreensão mais profunda das complexas interações que influenciam o desenvolvimento do TEA.
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