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A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a importância da testagem em massa para controlar a disseminação do vírus SARS-CoV-2. No entanto, a eficácia das diferentes estratégias de testagem, tanto em indivíduos sintomáticos quanto assintomáticos, na redução de casos, hospitalizações e óbitos, ainda gera muitas dúvidas. Um estudo recente da Cochrane Database Syst Rev investigou essa questão, buscando dados concretos sobre o impacto das diferentes abordagens de testagem.

A pesquisa analisou 21 estudos, incluindo ensaios clínicos randomizados e estudos não randomizados, envolvendo mais de 13 milhões de participantes. As estratégias de testagem foram comparadas entre si, como testes rápidos de antígeno versus testes de amplificação de ácido nucleico (NAAT), incluindo o RT-PCR, testagem domiciliar versus testagem administrada por profissionais, testagem única versus testagem repetida, e testagem direcionada versus testagem em massa. Os resultados, contudo, foram considerados de baixa certeza, com poucos estudos relatando dados sobre hospitalizações e mortes.

Um dos estudos incluídos comparou a testagem semanal por RT-PCR com a ausência de testagem em uma instituição de longa permanência em Israel. Os resultados indicaram uma incerteza muito grande sobre o efeito da testagem por RT-PCR na redução de hospitalizações e mortalidade em comparação com a ausência de testagem. Os autores do estudo destacam a necessidade de pesquisas futuras com metodologias mais consistentes e desfechos claramente definidos para determinar o impacto real das diferentes estratégias de testagem na contenção da COVID-19. Além disso, uma análise qualitativa das barreiras e facilitadores da testagem em ambientes de saúde pode ajudar a otimizar as estratégias de testagem e a garantir sua efetividade.

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