Sensibilidade à Rejeição em Adultos Autistas: Um Olhar Profundo
Indivíduos autistas frequentemente enfrentam um risco maior de rejeição social em comparação com seus pares não autistas. Essa vulnerabilidade pode se manifestar de maneira particularmente intensa em plataformas de mídia social, onde adultos com autismo relatam uma sensibilidade extrema à rejeição. Um estudo qualitativo recente se aprofundou nas experiências vividas dessa população, buscando compreender melhor como a sensibilidade à rejeição afeta suas vidas diárias.
A pesquisa envolveu entrevistas com 19 adultos autistas, com idades entre 21 e 71 anos, que se auto-identificaram com alta sensibilidade à rejeição. Os participantes descreveram essa sensibilidade como uma experiência profundamente avassaladora, acompanhada de emoções e pensamentos exaustivos ao antecipar ou perceber rejeição e crítica. Essas respostas podem ser acompanhadas por tensão física, dor e até mesmo a revivência de rejeições passadas. A intensidade dessas reações variava consideravelmente dependendo de fatores contextuais, como humor e o tema da rejeição, e muitas vezes eram minimizadas ou invalidadas por outros.
O estudo revelou que fatores predisponentes para essa sensibilidade incluem traços autistas inerentes e uma história de vida marcada por experiências de rejeição. Muitos participantes relataram o uso de estratégias para aliviar esses desafios, incluindo terapia, com diferentes níveis de sucesso. Os resultados destacam que a sensibilidade à rejeição pode ser uma experiência debilitante, porém frequentemente negligenciada, em adultos autistas, enfatizando a necessidade de mais pesquisas quantitativas para estudar sua prevalência, fatores predisponentes, impacto e potenciais intervenções.
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