Contenção Física em Hospitais: Como Reduzir Eventos Adversos?
A contenção física, prática utilizada em ambientes hospitalares para prevenir autoextubação e agitação em pacientes, nem sempre atinge seus objetivos. Um estudo recente investigou os fatores que contribuem para eventos adversos associados a essa prática, buscando estratégias para aumentar a segurança do paciente.
A pesquisa, realizada em um hospital de Taipei, analisou retrospectivamente prontuários de 100 pacientes submetidos à contenção física. Os resultados apontaram para diversos preditores de eventos adversos, como a extubação não planejada e a agitação. Pacientes com cuidadores estrangeiros, histórico de instabilidade emocional, episódios prévios de extubação ou agitação durante a contenção apresentaram maior risco de extubação. Já o uso de anti-inflamatórios não esteroidais, medicação durante a agitação, contenção para fins de tratamento e histórico de extubação ou agitação foram associados a maior ocorrência de agitação durante o período de contenção.
Diante desses achados, o estudo enfatiza a importância de algumas medidas preventivas. Priorizar o envolvimento de cuidadores familiares, realizar avaliações emocionais rotineiras, monitorar cuidadosamente a medicação dos pacientes e aprimorar a comunicação, juntamente com a implementação de estratégias não farmacológicas antes da contenção, podem reduzir significativamente a ocorrência de eventos adversos. A atenção a esses fatores contribui para um ambiente hospitalar mais seguro e um cuidado mais humanizado com o paciente, especialmente em situações que exigem a contenção física. Investir em protocolos bem definidos e treinamento da equipe também se mostram essenciais para minimizar riscos e otimizar os resultados clínicos. O bem-estar do paciente deve ser sempre a prioridade.
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