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A exposição pré-natal ao ácido valproico (VPA), um medicamento utilizado no tratamento de epilepsia e transtorno bipolar, tem sido associada a um aumento no risco de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudos em roedores sugerem que a exposição ao VPA durante o período equivalente ao primeiro trimestre da gestação pode resultar em características semelhantes ao autismo ao longo da vida do indivíduo.

Uma pesquisa recente investigou os efeitos neurocomportamentais da exposição ao VPA em camundongos durante o período de crescimento acelerado do cérebro, que corresponde ao terceiro trimestre da gestação humana. Os resultados indicaram que a exposição ao VPA nesse período pode levar a comportamentos semelhantes ao autismo na adolescência, como aumento da ansiedade e hiperatividade. Curiosamente, os camundongos expostos ao VPA apresentaram menor comportamento repetitivo, mas demonstraram sociabilidade reduzida em interações sociais recíprocas.

Além das alterações comportamentais, o estudo também observou níveis mais elevados de serotonina no soro dos camundongos expostos ao VPA. Embora mais pesquisas sejam necessárias para compreender completamente os mecanismos envolvidos, esses achados sugerem que o período de crescimento acelerado do cérebro pode ser um momento crítico para o desenvolvimento de déficits neurocomportamentais associados ao TEA induzidos pelo VPA. É fundamental que mulheres grávidas discutam os riscos e benefícios do uso de ácido valproico com seus médicos, a fim de tomar decisões informadas sobre sua saúde e a saúde de seus filhos. A compreensão desses riscos é um passo importante na promoção de um desenvolvimento saudável e na prevenção de possíveis complicações neurológicas.

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