Síndrome da Taquicardia Ortostática Postural (POTS) e COVID Longo: Uma Conexão Preocupante
A Síndrome da Taquicardia Ortostática Postural, ou POTS, tem se mostrado uma condição frequente em pacientes que sofrem de COVID longo, especialmente entre mulheres jovens. Um estudo recente investigou a prevalência e o impacto clínico da POTS em um grupo de pacientes com sintomas persistentes após a infecção por COVID-19, revelando dados importantes sobre a relação entre essas duas condições.
A pesquisa, que envolveu a análise de 467 pacientes não hospitalizados com COVID longo e que apresentavam afastamento do trabalho por motivos de saúde em pelo menos 50% do tempo, diagnosticou a POTS em 31% dos participantes. Os pacientes com POTS tendiam a ser mais jovens, com uma média de 40 anos, e eram predominantemente do sexo feminino (91%). Uma característica marcante observada foi a menor atividade física nesse grupo, em comparação com os pacientes com COVID longo que não apresentavam POTS ou que não mostravam sinais clínicos da síndrome.
Os resultados indicam que a POTS no contexto do COVID longo está associada a uma redução na capacidade física e na tolerância ao exercício. Durante o teste de caminhada de seis minutos, os pacientes com POTS apresentaram frequências cardíacas mais elevadas, tanto durante a atividade quanto no período de repouso subsequente, além de uma distância de caminhada significativamente menor. Embora os sintomas relatados pelos pacientes com e sem POTS fossem semelhantes, a presença da síndrome parece agravar o impacto na qualidade de vida e na capacidade funcional, ressaltando a importância de uma avaliação sistemática para identificar e tratar a POTS em indivíduos com COVID longo.
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