Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) em mulheres adultas, especialmente aquelas sem comprometimento intelectual ou de linguagem, frequentemente passa despercebido. Isso se deve a manifestações mais sutis do transtorno, ao uso mais frequente de estratégias sociais compensatórias e à aplicação de critérios diagnósticos originalmente desenvolvidos com base em apresentações masculinas. Essa dificuldade de identificação pode levar a atrasos significativos no diagnóstico e, consequentemente, no acesso a tratamentos e suporte adequados.

Um fenômeno chamado ‘obscurecimento diagnóstico’ também contribui para o problema. Nele, características autistas são erroneamente atribuídas a outras condições psiquiátricas, como ansiedade ou depressão, dificultando ainda mais o reconhecimento do TEA. As mulheres com TEA muitas vezes apresentam traços de comunicação social menos óbvios e interesses restritos que se manifestam de maneiras específicas para cada contexto. Além disso, elas tendem a desenvolver níveis mais elevados de camuflagem social, o que diminui a eficácia das ferramentas de triagem padrão.

É crucial aprimorar as práticas de diagnóstico, adotando uma abordagem mais sensível às nuances de gênero. Isso envolve a integração de avaliações de camuflagem, a coleta de históricos de desenvolvimento detalhados e a utilização de instrumentos de triagem atualizados e inclusivos. A detecção precoce e precisa do TEA em mulheres adultas pode melhorar significativamente sua qualidade de vida, permitindo o acesso a intervenções personalizadas e o desenvolvimento de estratégias para lidar com os desafios específicos que enfrentam. O reconhecimento do autismo em mulheres é fundamental para garantir equidade no acesso aos cuidados de saúde mental e promover o bem-estar geral.

Origem: Link

Deixe comentário