Saúde Desvendada

A inteligência artificial (IA) está se mostrando uma ferramenta promissora no auxílio ao diagnóstico e acompanhamento de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma revisão sistemática recente avaliou como algoritmos de IA podem ser utilizados para analisar informações faciais durante interações sociais, com o objetivo de melhorar a precisão diagnóstica e monitorar a resposta a terapias.

A pesquisa, que analisou mais de 40 mil estudos, identificou que a IA pode auxiliar na análise de comportamentos sociais importantes, como o contato visual, a expressão de emoções e a atenção compartilhada. Métodos de IA, incluindo máquinas de vetores de suporte e algoritmos baseados em árvores de decisão, demonstraram precisão na identificação de características faciais associadas ao TEA, especialmente em situações de brincadeiras não estruturadas. Além disso, robôs equipados com IA têm sido utilizados para guiar terapias, oferecendo um ambiente interativo e adaptável para o desenvolvimento de habilidades sociais.

Os resultados indicam que a IA tem o potencial de complementar as avaliações clínicas tradicionais, fornecendo dados objetivos e precisos sobre o comportamento social. No entanto, os autores do estudo ressaltam a importância de validar esses resultados em diversas populações para garantir sua aplicabilidade clínica e uso ético. A utilização da IA no contexto do TEA abre novas perspectivas para um diagnóstico mais precoce e intervenções mais personalizadas, contribuindo para melhorar a qualidade de vida de indivíduos com autismo e suas famílias.

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