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A hipoxemia noturna, caracterizada pela baixa concentração de oxigênio no sangue durante o sono, é uma complicação comum em pacientes com fibrose pulmonar (FP). Um estudo recente, com a participação de pacientes e profissionais de saúde de diversos países, investigou as práticas atuais de avaliação do sono e da hipoxemia noturna na FP, além de identificar as principais prioridades de pesquisa para o tratamento com oxigenoterapia noturna (OTN).

A pesquisa revelou que, embora uma parcela significativa dos pacientes com FP já tenha passado por alguma avaliação do sono, muitos ainda não foram avaliados, e a maioria defende a inclusão dessa avaliação na rotina de acompanhamento da doença. Entre os profissionais de saúde, a maioria realiza avaliações do sono de forma rotineira ou quando clinicamente indicado, considerando-as importantes para o manejo da FP. O estudo destacou que o efeito do tratamento da hipoxemia noturna na carga de sintomas, incluindo a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), é a principal prioridade de pesquisa para pacientes e profissionais de saúde. Outras prioridades incluem a segurança e tolerabilidade da OTN, seu impacto na mortalidade e na hipertensão pulmonar, além de melhores métodos diagnósticos para avaliar o sono e a hipoxemia noturna.

Ambos os grupos de participantes priorizaram a QVRS como a medida de resultado mais importante para avaliar a OTN. Adicionalmente, os pacientes com FP valorizaram a capacidade vital forçada, o índice de apneia-hipopneia e o status de oxigenação noturna, enquanto os profissionais de saúde selecionaram a sobrevida e o desenvolvimento de hipertensão pulmonar. Um ponto importante levantado pelos pacientes foi o impacto da hipoxemia noturna e da perturbação do sono no desempenho cognitivo, preocupação compartilhada pelos profissionais de saúde. Este estudo fornece informações valiosas sobre as prioridades dos envolvidos, guiando futuras pesquisas sobre a avaliação do sono e o tratamento da hipoxemia noturna na fibrose pulmonar, visando melhorar a qualidade de vida e o prognóstico desses pacientes. A identificação dessas prioridades é crucial para direcionar os esforços de pesquisa e desenvolver intervenções mais eficazes e centradas no paciente.

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