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Estudos recentes têm demonstrado uma crescente associação entre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e alterações na microbiota intestinal, permeabilidade intestinal e desregulação imunológica. Uma pesquisa inovadora investigou os perfis da microbiota intestinal em crianças colombianas com TEA, avaliando os efeitos de intervenções direcionadas à microbiota, como uma dieta anti-inflamatória e a administração de probióticos.

O estudo, dividido em duas fases, utilizou o sequenciamento metagenômico de amostras fecais de crianças com TEA e um grupo de controle com desenvolvimento típico. Na segunda fase, um grupo de crianças com TEA foi aleatoriamente designado para receber uma dieta anti-inflamatória, probióticos ou nenhum tratamento, durante um período de 12 semanas. Os resultados revelaram que as crianças com TEA apresentavam uma proporção maior de Firmicutes/Bacteroidetes e um aumento significativo de gêneros como Clostridioides, Thomasclavelia, Alistipes e Coprococcus em comparação com o grupo controle.

Curiosamente, a presença de distúrbios gastrointestinais funcionais (DGIF) em pacientes com TEA foi associada a uma menor riqueza microbiana. Após a intervenção, o grupo que seguiu a dieta anti-inflamatória apresentou um enriquecimento de gêneros bacterianos benéficos, como Moraxella e Eubacterium. O grupo que recebeu probióticos demonstrou um aumento significativo de Romboutsia e uma diminuição de Lachnospira. Esses achados sugerem que tanto a dieta anti-inflamatória quanto os probióticos podem promover mudanças na composição da microbiota intestinal, abrindo caminho para estratégias nutricionais mais precisas e personalizadas no tratamento do TEA.

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