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A radioterapia, embora crucial no tratamento de câncer de cabeça e pescoço, frequentemente causa efeitos colaterais significativos, incluindo a xerostomia, popularmente conhecida como boca seca. Essa condição, resultante da disfunção das glândulas salivares, impacta severamente a qualidade de vida dos pacientes, dificultando a fala, a deglutição e até mesmo o paladar.

Um estudo recente investigou o potencial da fotobiomodulação (PBM), uma terapia não invasiva que utiliza luz vermelha ou infravermelha próxima, para mitigar esse efeito adverso. Os resultados preliminares indicam que a PBM pode estimular a regeneração das glândulas salivares, promovendo um aumento significativo no fluxo salivar em pacientes oncológicos que sofrem de xerostomia crônica induzida pela radioterapia. No estudo, pacientes submetidos à PBM apresentaram um aumento quase significativo no fluxo salivar em comparação com o grupo placebo. É importante ressaltar que cinco pacientes no grupo PBM tiveram uma melhora notável, passando de um estado de hipossalivação (fluxo salivar abaixo do normal) para um fluxo salivar considerado normal, o que não foi observado no grupo placebo.

Apesar dos resultados promissores em relação ao fluxo salivar, o estudo aponta que as mudanças em outros marcadores bioquímicos e medidas de resultado foram menos conclusivas. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos futuros com amostras maiores para confirmar essas descobertas iniciais e aprofundar a compreensão sobre a utilidade clínica da PBM no tratamento da xerostomia pós-radioterapia. A fotobiomodulação surge como uma alternativa promissora para melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam esse desafio após o tratamento do câncer.

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