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Um estudo recente publicado na revista Psychopharmacology investigou o potencial do ácido rosmarínico (RosA) no alívio de certos sintomas associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, conduzida em modelos de camundongos com deficiência da proteína Shank3B, um modelo animal que exibe características semelhantes ao autismo, revelou resultados promissores em relação a déficits cognitivos e comportamentos repetitivos.

Os pesquisadores observaram que o tratamento com RosA melhorou significativamente as habilidades cognitivas e de memória dos camundongos, além de reduzir comportamentos repetitivos. Esses benefícios foram associados a alterações positivas na plasticidade sináptica, um processo crucial para o aprendizado e a memória. Especificamente, o RosA pareceu atuar através da ativação da via de sinalização CREB/BDNF, conhecida por seu papel na modulação da função sináptica no córtex pré-frontal medial (mPFC), uma região do cérebro envolvida em funções cognitivas superiores.

Curiosamente, o estudo também indicou que o RosA aumentou os níveis de acetilcolina (ACh) no mPFC, sem afetar os níveis de GABA, sugerindo um mecanismo colinérgico específico em ação. No entanto, é importante notar que o RosA não demonstrou efeitos significativos nos déficits sociais apresentados pelos camundongos. Essa descoberta sugere que diferentes mecanismos podem estar subjacentes aos diversos sintomas do TEA, e que o RosA pode ser mais eficaz para certos aspectos do transtorno do que para outros. Embora sejam necessários mais estudos para confirmar esses resultados em humanos, essa pesquisa oferece uma nova perspectiva sobre o uso potencial do ácido rosmarínico como uma terapia direcionada para o TEA, focando em melhorar a função cognitiva e reduzir comportamentos repetitivos.

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