Risperidona vs. Aripiprazol: Qual a melhor opção para irritabilidade em crianças com autismo?
A irritabilidade é um sintoma comum em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), impactando significativamente sua qualidade de vida e a de seus familiares. Medicamentos como risperidona e aripiprazol são frequentemente prescritos para aliviar essa irritabilidade, mas a escolha entre os dois pode ser um dilema para muitos pais e médicos. Um estudo recente investigou a eficácia e segurança comparativas desses dois medicamentos.
A pesquisa, um ensaio clínico randomizado, acompanhou crianças e adolescentes com TEA, com idades entre 6 e 18 anos, comparando os efeitos da risperidona e do aripiprazol. Os resultados mostraram que ambos os medicamentos apresentaram eficácia semelhante na redução da irritabilidade. Os pesquisadores avaliaram mudanças em diversos indicadores, como a Escala de Irritabilidade da Aberrant Behavior Checklist (ABC-I), a Childhood Autism Rating Scale (CARS2) e a Conners’ Parent Rating Scale-Revised (CPRS-R). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em relação a essas medidas, indicando que ambos os fármacos podem ser considerados opções viáveis para o tratamento da irritabilidade.
Além da eficácia, a segurança dos medicamentos também foi avaliada. A frequência de eventos adversos foi similar entre os dois grupos. Uma diferença notável, no entanto, foi observada nos níveis de prolactina sérica: o aripiprazol tendeu a diminuir esses níveis, enquanto a risperidona causou um aumento. Este achado é importante, pois níveis elevados de prolactina podem estar associados a efeitos colaterais como alterações menstruais e ginecomastia. Em suma, a escolha entre risperidona e aripiprazol deve ser individualizada, considerando o perfil de efeitos colaterais de cada medicamento e as necessidades específicas de cada paciente. É crucial o acompanhamento médico regular para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar a dose, se necessário.
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