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Um estudo recente publicado no Vavilovskii Zhurnal Genet Selektsii em 2025 investigou um caso familiar incomum de deleção intersticial no braço curto do cromossomo 6 (6p22.3-p24.3) em gêmeos. Essa condição genética rara está associada a atrasos no desenvolvimento, distúrbios do espectro autista, anomalias congênitas e características dismórficas. Deleções intersticiais, como essa, são ainda mais raras que as deleções distais na mesma região cromossômica, com uma incidência estimada de 1 em 1 milhão.

Os pesquisadores identificaram essa anomalia cromossômica em gêmeos de uma família Yakut que apresentavam graves atrasos no desenvolvimento psicomotor e da fala, deficiência intelectual combinada com dismorfismos e anomalias congênitas. Através da hibridização genômica comparativa (aCGH), foi detectada uma deleção intersticial rara de 7,5 Mb na região 6p22.3-p24.3. Essa descoberta foi confirmada por meio de citogenética convencional (bandeamento GTG). A análise citogenética dos pais revelou cariótipos normais, sugerindo que a alteração cromossômica estrutural nos gêmeos ocorreu *de novo*.

Além da identificação da deleção, o estudo realizou uma análise fenotípica comparativa dos gêmeos entre si e com outros pacientes relatados anteriormente com deleções sobrepostas na região 6p22-p24. Os resultados revelaram características dismorfogênicas comuns e distintas, incluindo dismorfismos craniofaciais, deformidades das aurículas e anormalidades no desenvolvimento dos membros superiores e inferiores. No entanto, a análise dos dados da literatura e as observações do estudo mostraram que **nem todos os pacientes compartilham uma região deletada comum** na área 6p22-p24, o que dificulta o estabelecimento de um diagnóstico preciso. Os achados ressaltam a complexidade de definir a região minimamente sobreposta responsável pelas características fenotípicas e comportamentais observadas e enfatizam a importância de uma abordagem sistemática e multinível para diagnosticar atrasos graves no desenvolvimento psicomotor e da fala.

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