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Hospitalizações e tratamentos médicos extensivos podem ser particularmente desafiadores para crianças, especialmente aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um estudo de caso recente publicado no Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics ilustra essa complexidade ao acompanhar uma menina de 5 anos com TEA que desenvolveu comportamentos opositores significativos após sofrer queimaduras acidentais extensas que exigiram enxertos de pele.

A menina, que antes era estável em casa com uma rotina estruturada e apoio educacional individualizado, começou a apresentar agressividade, hiperatividade, impulsividade e recusa em participar das terapias durante sua internação. Ela resistia a transições, batia nas grades da cama e fugia do quarto. Essas mudanças comportamentais representaram um grande obstáculo para sua reabilitação física, pois dificultavam o alongamento e fortalecimento das áreas afetadas pelas queimaduras.

A equipe médica buscou a consultoria de pediatras comportamentais e do desenvolvimento para entender e manejar esses comportamentos. A avaliação revelou que a rotina hospitalar variável, a dor e o desconforto causados pelas queimaduras, e a privação da sua rotina familiar contribuíram para o agravamento do seu comportamento. A equipe multidisciplinar implementou estratégias para criar um ambiente mais previsível e sensorialmente amigável, resultando em melhoras significativas na adesão à terapia e no bem-estar geral da paciente. Este caso destaca a importância de uma abordagem individualizada e sensível às necessidades de crianças com TEA em ambientes hospitalares, especialmente após eventos traumáticos como queimaduras.

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