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Nossa capacidade de nos adaptarmos a erros de movimento, como ao ajustar a mira de um braço robótico, depende de estratégias cognitivas complexas. Um estudo recente investigou como essa adaptação motora baseada em estratégia se manifesta em nossa atividade cerebral, focando nas oscilações neurais na banda de frequência beta, tanto antes quanto depois do movimento.

Os pesquisadores utilizaram eletroencefalografia (EEG) para monitorar a atividade cerebral de participantes enquanto eles realizavam movimentos de alcance. Em algumas tentativas, o cursor na tela era rotacionado inesperadamente, criando um erro no movimento. Os resultados mostraram que, após o erro, houve uma diminuição mais forte no chamado ‘rebote beta pós-movimento’ (PMBR) em situações onde a rotação era repetida, permitindo aos participantes ajustar sua estratégia de mira. Isso sugere que o PMBR desempenha um papel crucial na adaptação estratégica.

Curiosamente, a precisão com que os participantes conseguiam se reajustar ao erro estava ligada à potência das ondas beta antes do movimento na segunda tentativa com a rotação, e não à diminuição do PMBR após o primeiro erro. Isso indica que a diminuição do PMBR sinaliza a necessidade de ajustar a estratégia cognitiva, enquanto a atividade beta pré-movimento parece estar envolvida na especificação da nova estratégia de mira. A compreensão desses mecanismos pode ter implicações importantes para condições como a doença de Parkinson, onde a redução do PMBR pode prejudicar a capacidade de descobrir e implementar estratégias cognitivas para o movimento.

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