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Estudos anteriores já demonstraram que a privação de sono controlada em laboratório pode levar a déficits cognitivos, como baixa vigilância e problemas com a memória de trabalho. No entanto, o impacto das variações naturais do sono sobre o comportamento e a dinâmica cerebral ainda não foi totalmente explorado. Uma nova pesquisa investigou como as mudanças no sono, em condições reais, afetam o desempenho e a atividade cerebral em 39 adultos saudáveis.

Utilizando uma abordagem de redes dinâmicas, combinada com regressão ordinal, os pesquisadores observaram um aumento significativo na flexibilidade cerebral em participantes que dormiam menos. A flexibilidade, neste contexto, refere-se à capacidade do cérebro de rapidamente reconfigurar suas conexões internas, principalmente na rede de controle fronto-parietal. Essa rede é crucial para funções como o planejamento e a tomada de decisões. O aumento da flexibilidade foi notado durante a execução de tarefas que exigiam atenção e memória visual, mas não durante o repouso.

Um achado surpreendente foi que o desempenho nas tarefas não foi afetado pela quantidade de sono. Isso sugere que o cérebro pode compensar uma noite mal dormida, recrutando recursos adicionais para manter a performance. Além disso, a análise revelou que pessoas com padrões de sono irregulares apresentaram mudanças mais amplas na flexibilidade cerebral durante tarefas de atenção, envolvendo áreas como o sistema límbico, a rede de atenção ventral e o sistema somatomotor. Esses resultados oferecem novos insights sobre como o cérebro se adapta às variações do sono no dia a dia, destacando a importância da flexibilidade das redes neurais para mitigar os efeitos negativos da má qualidade do sono na cognição e na saúde geral.

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