Afinal, qual o melhor método de ensino em odontologia restauradora: demonstrações ao vivo ou vídeos?
No campo da odontologia restauradora, o aprendizado de habilidades complexas é fundamental para a formação de estudantes. Métodos tradicionais de ensino, como demonstrações ao vivo, apresentam desafios como turmas grandes e ângulos de visão limitados. As demonstrações em vídeo oferecem escalabilidade e a capacidade de integrar recursos multimídia, mas podem carecer de interação em tempo real e feedback imediato. Um estudo recente investigou a eficácia comparativa dessas abordagens, considerando também as diferenças de gênero no aprendizado.
A pesquisa, publicada no JMIR Formative Research, acompanhou estudantes de odontologia durante o aprendizado da restauração de amálgama Classe II. Os participantes foram divididos em dois grupos: um que recebeu demonstrações ao vivo e outro que assistiu a vídeos pré-gravados. Ambos os grupos tiveram acesso às mesmas aulas teóricas e demonstrações padronizadas. A avaliação do conhecimento foi realizada por meio de questionários antes e depois das demonstrações, e o desempenho prático foi avaliado por avaliadores independentes. Curiosamente, os resultados indicaram que as demonstrações ao vivo levaram a uma melhor aquisição de conhecimento e desempenho em comparação com os vídeos, especialmente entre os estudantes do sexo masculino.
Apesar dos resultados, os vídeos demonstrativos continuam sendo uma alternativa viável, especialmente quando complementados com elementos interativos e feedback dos instrutores. A integração de métodos de ensino combinados, que mesclam demonstrações ao vivo e vídeos, pode ser uma forma eficaz de otimizar a experiência de aprendizado para os alunos de odontologia. Em outras palavras, o futuro do ensino em odontologia restauradora pode estar na combinação do melhor de cada método, personalizando a abordagem para atender às necessidades individuais dos alunos e maximizar os resultados de aprendizado.
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