Saúde Desvendada

A epilepsia afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e o manejo da condição vai além da medicação. Estudos têm demonstrado os benefícios do exercício físico para o bem-estar de pessoas com epilepsia (PCE), mas a participação nessas atividades ainda é baixa. Uma pesquisa recente investigou o conhecimento e as atitudes de neurologistas nigerianos em relação à prática de exercícios por seus pacientes.

O estudo, conduzido com 82 neurologistas, revelou que a maioria reconhece os benefícios do exercício para PCEs e frequentemente encoraja a participação. No entanto, a pesquisa também apontou que medos persistentes, treinamento limitado e incertezas sobre a segurança ainda influenciam suas práticas. Embora 75,6% dos neurologistas soubessem quais esportes recomendar, apenas 13,4% se sentiam adequadamente preparados para fornecer orientação abrangente sobre exercícios. Surpreendentemente, 30,5% nunca perguntavam sobre os hábitos de atividade física de seus pacientes.

A pesquisa também identificou barreiras comuns à prática de exercícios relatadas pelos neurologistas, incluindo superproteção familiar (85,4%), medo de crises (82,9%), baixa autoestima (84,1%) e estigma (80,5%). Esses fatores demonstram a complexidade do tema e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no cuidado de pessoas com epilepsia. É fundamental que neurologistas recebam treinamento adequado e se sintam confiantes para orientar seus pacientes sobre os benefícios e as precauções necessárias para a prática de exercícios físicos seguros e eficazes.

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