Selênio: Um aliado promissor no tratamento do Transtorno do Espectro Autista?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por uma variedade de condições neurodesenvolvimentais, frequentemente associadas a um aumento do estresse oxidativo e inflamação crônica. Diante desse cenário, pesquisadores têm explorado o potencial de elementos traço como o selênio (Se) para mitigar esses efeitos. O selênio, conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e neuroprotetoras, surge como um possível coadjuvante no tratamento do TEA.
Um estudo recente investigou os efeitos do selenito de sódio, um suplemento de selênio, em um modelo de rato com TEA induzido por ácido valproico durante a gravidez. Os resultados indicaram que a suplementação com selênio atenuou as respostas inflamatórias e o estresse oxidativo nos ratos, preservando a morfologia e a função neuronal. Além disso, os pesquisadores observaram que o selênio modula a via de sinalização Sirt1/Keap1/Nrf2/HO-1, um importante mecanismo de defesa celular contra o estresse oxidativo.
Especificamente, o tratamento com selênio aumentou os níveis de expressão das proteínas Sirt1, Nrf2 e HO-1, enquanto diminuiu a expressão de Keap1. Esses achados sugerem que o selênio exerce um efeito protetor no cérebro, atenuando os danos inflamatórios e o estresse oxidativo através da ativação dessa via de sinalização. Embora os resultados sejam promissores, é importante ressaltar que este estudo foi realizado em um modelo animal e são necessárias mais pesquisas para confirmar esses efeitos em humanos com TEA. No entanto, o selênio demonstra ser um nutriente com potencial para auxiliar no manejo do estresse oxidativo e da inflamação, componentes importantes no TEA.
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