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A camptocormia, uma deformidade postural axial caracterizada por uma flexão involuntária do tronco para frente, afeta até 18% das pessoas com Doença de Parkinson (DP). Essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida, aumentando o risco de quedas, dores nas costas e espondiloartrose. Embora a causa exata da camptocormia na DP permaneça um mistério, acredita-se que esteja relacionada a alterações cerebrais decorrentes da própria doença.

Apesar das alterações miopáticas observadas nos músculos da coluna vertebral de pacientes com camptocormia e da semelhança clínica com posturas distônicas, a fisiopatologia da camptocormia parece distinta de miopatias e distonias. A ausência de um consenso sobre o tratamento ideal para a camptocormia associada à DP representa um desafio. As abordagens terapêuticas variam desde intervenções não farmacológicas, como o uso de mochilas com peso, exercícios de extensão das costas e fisioterapia, até opções farmacológicas, como levodopa, istradefilina e toxina botulínica. Em casos selecionados, intervenções cirúrgicas, como correções cirúrgicas e estimulação cerebral profunda, podem ser consideradas, embora com resultados variáveis.

A pesquisa sobre camptocormia na DP ainda enfrenta desafios. Um número surpreendentemente limitado de publicações sobre o tema foi identificado. Uma revisão recente revelou que, apesar de uma busca abrangente, apenas um número modesto de estudos relevantes foi encontrado, com uma porcentagem ainda menor representando revisões abrangentes que exploram todos os aspectos complexos da condição. A necessidade de estudos multicêntricos, particularmente focados em terapias não farmacológicas, estratégias de prevenção e fatores que contribuem para o desenvolvimento da camptocormia, é crucial para avançar no conhecimento e melhorar o tratamento dessa condição debilitante em pacientes com Doença de Parkinson.

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