Exercícios de Impacto e Resistência: Como Afetam Seus Ossos e Cartilagens?
A prática regular de exercícios físicos é amplamente reconhecida por seus benefícios para a saúde geral, incluindo a saúde óssea e das cartilagens. Estudos recentes têm se concentrado em entender melhor como diferentes tipos de exercícios, como os de impacto e resistência, influenciam o metabolismo ósseo e da cartilagem. Pesquisadores investigam os mecanismos pelos quais esses exercícios promovem a saúde musculoesquelética, com foco especial em vias de sinalização celular importantes.
Uma pesquisa recente avaliou o efeito agudo de exercícios de impacto e resistência em jovens saudáveis. O estudo envolveu a análise de marcadores no sangue que indicam o metabolismo ósseo e da cartilagem, bem como moduladores da sinalização Wnt, uma via crucial para o desenvolvimento e manutenção dos tecidos. Os participantes realizaram exercícios de impacto (saltos e impulsos multidirecionais) e exercícios de resistência (levantamento de peso para membros inferiores), além de um período de repouso como controle. Amostras de sangue foram coletadas antes, imediatamente após e 24 horas após cada intervenção.
Os resultados revelaram que o exercício de impacto aumentou os níveis de um marcador de formação óssea (PINP) logo após o exercício e 24 horas depois, enquanto o exercício de resistência não teve esse efeito. Ambos os tipos de exercício aumentaram transitoriamente os níveis de inibidores da via Wnt (esclerostina e DKK1) imediatamente após o exercício. Curiosamente, o exercício de resistência aumentou um marcador de renovação da cartilagem (COMP), enquanto o exercício de impacto não afetou esse marcador. Nenhum dos tipos de exercício afetou um marcador de reabsorção óssea (CTX-I). Esses achados sugerem que exercícios de impacto podem estimular a formação óssea, enquanto exercícios de resistência podem influenciar o metabolismo da cartilagem. Os aumentos nos inibidores da sinalização Wnt podem estar relacionados com a remodelação óssea e da cartilagem em resposta ao estresse mecânico induzido pelo exercício. Mais pesquisas são necessárias para confirmar estes efeitos a longo prazo e para determinar as implicações clínicas destes achados.
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