Densidade Mineral Óssea: Um Fator de Risco Modificável com Impacto Global
A baixa densidade mineral óssea (DMO) emerge como um problema de saúde pública significativo, contribuindo substancialmente para a ocorrência de fraturas. Essas fraturas, por sua vez, acarretam considerável morbidade, mortalidade e custos para indivíduos e sistemas de saúde em todo o mundo. Um estudo abrangente analisou dados globais, regionais e nacionais para quantificar a influência da baixa DMO no número de fraturas decorrentes de quedas e outros tipos de lesões. A análise utilizou dados do Estudo da Carga Global de Doenças, Lesões e Fatores de Risco (GBD) de 2021.
O estudo revelou que, em 2020, milhões de anos de vida perdidos por incapacidade (YLDs), anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs) e mortes foram atribuídos à baixa DMO em pessoas com 40 anos ou mais. Notavelmente, entre 1990 e 2020, houve um aumento significativo nesses indicadores globalmente, demonstrando a crescente importância da baixa DMO como um fator de risco para a saúde. Embora as taxas globais padronizadas por idade de YLDs, DALYs e mortes atribuíveis à baixa DMO tenham apresentado diminuições modestas durante o mesmo período, o impacto geral permaneceu elevado.
Uma descoberta importante do estudo é que as quedas são a principal causa de YLDs, DALYs e mortes associadas à baixa DMO. Lesões decorrentes de acidentes de trânsito também contribuem significativamente para essa carga, especialmente em faixas etárias mais jovens. Esses resultados destacam a necessidade de estratégias de prevenção multifacetadas que visem reduzir o risco de quedas e lesões relacionadas ao trânsito, especialmente em indivíduos com baixa DMO. Além disso, o estudo enfatiza que a baixa densidade mineral óssea não é apenas uma causa de fraturas por quedas, mas também um fator contribuinte em outros tipos de lesões, como as decorrentes de acidentes de trânsito, ressaltando a importância de considerar a DMO na avaliação de risco e prevenção de uma gama mais ampla de lesões.
Origem: Link