Saúde Desvendada

Pessoas com autismo frequentemente enfrentam desafios significativos ao acessar serviços de saúde, e a área de cuidados com a visão não é exceção. Um estudo recente investigou as experiências de adultos autistas e pais de crianças autistas na Austrália e Nova Zelândia, revelando barreiras persistentes e necessidades não atendidas nesse contexto.

A pesquisa, que envolveu 127 adultos autistas e 69 pais de crianças autistas, utilizou questionários online para examinar padrões de acesso, obstáculos percebidos e facilitadores nos cuidados oculares. Os resultados quantitativos destacaram dificuldades como desconforto sensorial, problemas de comunicação e custos financeiros. As respostas qualitativas, por sua vez, enfatizaram a importância da interação com os profissionais de saúde, do ritmo dos procedimentos clínicos e das condições ambientais na experiência geral.

Os participantes valorizaram a comunicação clara e as adaptações sensoriais, mas essas medidas foram consideradas insuficientes diante de barreiras estruturais, como a falta de acessibilidade financeira e a localização inadequada dos serviços. O estudo reforça a necessidade de abordagens sistêmicas e proativas para garantir que os serviços de oftalmologia sejam inclusivos e atendam às necessidades específicas das pessoas com autismo. A colaboração com a comunidade autista no desenvolvimento de soluções é crucial para promover a equidade e a qualidade nos cuidados com a visão.

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