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A busca por marcadores precoces de declínio cognitivo é uma área crucial da pesquisa em saúde. Um estudo recente investigou a relação entre a saúde dos vasos sanguíneos da retina e o declínio cognitivo em idosos, comparando essa relação com a observada em relação às hiperintensidades da substância branca (HSB), um marcador conhecido de doença dos pequenos vasos cerebrais (DPVC).

Os pesquisadores analisaram dados de participantes com mais de 70 anos, sem demência ou doença cardiovascular pré-existente. Eles mediram o calibre dos vasos retinianos (CVR) através de fotografias do fundo do olho e os volumes de HSB por meio de ressonância magnética. A análise estatística buscou identificar associações entre esses marcadores e a trajetória cognitiva dos participantes ao longo do tempo.

Os resultados mostraram que, ao contrário do volume de HSB, o calibre dos vasos retinianos não apresentou associação significativa com o declínio cognitivo. Volumes maiores de HSB, por outro lado, foram associados a um declínio mais acentuado na função cognitiva global, na memória tardia e na função psicomotora. Essa pesquisa sugere que, embora o CVR possa ser um indicador de saúde microvascular, ele pode não ser tão diretamente relacionado ao declínio cognitivo quanto as hiperintensidades da substância branca. Estudos futuros que explorem uma gama mais ampla de biomarcadores retinianos e cerebrais podem aprofundar nossa compreensão da relação entre a saúde ocular e a saúde cerebral no contexto da DPVC e seus desfechos clínicos. É importante ressaltar que este estudo não invalida a importância da saúde ocular, mas sugere que a relação entre vasos retinianos e cognição pode ser mais complexa do que se pensava inicialmente.

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