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O karatê, uma das artes marciais mais populares, tem ganhado espaço no cenário paradesportivo. Um estudo recente investigou os perfis cognitivos de atletas de alto nível de Para-Karatê com deficiência intelectual (DI), buscando entender como as habilidades cognitivas se relacionam com o desempenho atlético. Funções cognitivas e executivas, como tomada de decisão, velocidade de processamento, memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório, são cruciais em esportes de alto nível, mas frequentemente são pouco estudadas em atletas com DI.

A pesquisa envolveu avaliações cognitivas e testes de função executiva em um grupo de atletas de elite de Para-Karatê (n = 42) com idade média de 27 anos. Os atletas foram divididos em duas classes: K21, a classe tradicional para atletas diagnosticados com DI, e K22, para atletas com DI e uma deficiência adicional significativa, como síndrome genética ou limitação funcional. Os resultados revelaram que os atletas K21 apresentaram desempenho significativamente melhor do que os atletas K22 em áreas relacionadas à velocidade de processamento cognitivo, processamento visoespacial e raciocínio indutivo. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas entre as classes nas medidas de função executiva, como memória de trabalho e controle inibitório.

Além das avaliações cognitivas, o desempenho dos atletas durante a competição de kata foi avaliado por um painel de sete árbitros. Os atletas K21 tiveram um desempenho superior aos atletas K22, e uma correlação significativa foi observada entre o desempenho no kata e um parâmetro de função executiva: o controle inibitório. Esses resultados destacam a relação entre o desenvolvimento cognitivo e o desempenho em artes marciais, e oferecem insights para futuros estudos relacionados ao desenvolvimento de uma classificação esportiva específica para atletas com DI. A pesquisa sugere que medidas mais sofisticadas são necessárias para avaliar os principais determinantes do desempenho no kata, e que a compreensão das funções cognitivas pode ser fundamental para otimizar o treinamento e o desempenho de atletas paraolímpicos com deficiência intelectual.

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