Exossomos: Novas Fronteiras Terapêuticas em Distúrbios Neurológicos e Psiquiátricos
Os exossomos, pequenas vesículas extracelulares com diâmetros entre 30 e 150 nanômetros, estão se destacando como elementos cruciais na comunicação entre as células do sistema nervoso central (SNC). Sua importância reside na capacidade de mediar interações celulares e influenciar a progressão de diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como a doença de Alzheimer, doença de Parkinson, acidente vascular cerebral isquêmico, depressão, transtorno bipolar e transtorno do espectro autista.
Essas vesículas transportam uma variedade de componentes, incluindo proteínas, ácidos nucleicos e lipídios, que podem afetar o funcionamento dos neurônios e a plasticidade sináptica. Em estados de doença, exossomos originados de neurônios ou células gliais sob estresse podem disseminar a neuroinflamação, a disfunção sináptica e o declínio cognitivo. Além disso, podem facilitar a propagação de proteínas anormais ou microRNAs, interrompendo a conectividade neuronal e a sinalização de neurotransmissores, contribuindo para o desenvolvimento de proteinopatias e neurotoxicidade. A compreensão desses mecanismos é fundamental para o desenvolvimento de terapias mais eficazes.
A presença de exossomos em fluidos corporais como plasma sanguíneo, líquido cefalorraquidiano e saliva, abre caminho para a sua utilização como biomarcadores para o diagnóstico dessas desordens. Sua participação em processos regulatórios apresenta novas possibilidades para o desenvolvimento de biomarcadores diagnósticos inovadores e intervenções terapêuticas direcionadas. As estratégias terapêuticas baseadas em exossomos representam uma abordagem promissora, oferecendo a possibilidade de modular a comunicação celular e atenuar os efeitos de doenças neurológicas e psiquiátricas. A pesquisa nesta área tem o potencial de revolucionar o diagnóstico e o tratamento destas condições.
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