Entendendo a Rigidez no Transtorno do Espectro Autista (TEA): Uma Perspectiva Evolutiva
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) manifesta-se através de comportamentos estereotipados e repetitivos, frequentemente descritos como rigidez. Essa rigidez, entretanto, não se limita ao comportamento; ela também se manifesta na linguagem, através de uma sensibilidade exacerbada às regras gramaticais e dificuldades na interpretação de linguagem não literal, como metáforas.
Uma nova perspectiva busca unificar essas características, linguísticas e não linguísticas, sob uma causa comum: uma função aumentada do estriado, uma estrutura cerebral associada tanto à impulsividade quanto a respostas automatizadas e ritualizadas. Essa função estriatal aumentada estaria ligada a um controle reduzido por parte de estruturas corticais específicas.
Acredita-se que a cognição e o comportamento humanos evoluíram através de um ciclo de feedback intenso entre o aumento da flexibilidade cognitiva (impulsionado pelo desenvolvimento da linguagem) e a redução da agressão reativa e impulsividade, favorecendo comportamentos sociais. No TEA, essa conexão entre as áreas corticais e o estriado pode estar comprometida, levando à rigidez observada. Essa proposta, com implicações para abordagens clínicas do autismo, pode ser testada experimentalmente, oferecendo novas luzes sobre o TEA.
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