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O envolvimento ativo dos pais no acompanhamento de seus filhos com autismo tem se mostrado um fator determinante para o acesso a serviços adequados e para o bem-estar familiar. No entanto, a jornada da defesa dos direitos e necessidades dessas crianças é frequentemente permeada por obstáculos. Identificar os mecanismos que podem impulsionar e fortalecer essa atuação parental é crucial para o desenvolvimento de intervenções mais eficazes.

Um estudo recente investigou a relação entre o funcionamento adaptativo da criança, o empoderamento dos pais e suas ações de defesa, analisando dados de 40 famílias de crianças autistas com idades entre 3 e 5 anos, residentes em comunidades de baixa renda nos Estados Unidos. Os participantes faziam parte de um ensaio controlado randomizado, mas a análise se concentrou nos dados coletados no início do estudo. Foram avaliados o nível de empoderamento dos pais, suas atividades de defesa, suas habilidades e o conforto ao realizá-las, além do comportamento adaptativo e da capacidade de resposta social das crianças.

Os resultados apontaram uma correlação positiva e significativa entre o empoderamento dos pais e um maior conforto em se engajarem em atividades de defesa. Observou-se também uma interação significativa entre o empoderamento e o comportamento adaptativo da criança. Em outras palavras, pais que se sentem mais empoderados tendem a se sentir mais à vontade para defender os interesses de seus filhos, e essa relação é ainda mais forte quando a criança apresenta um bom funcionamento adaptativo. Esses achados ressaltam a importância de estratégias que visem o empoderamento parental como um caminho para melhorar o apoio e os resultados para crianças com autismo e suas famílias. A pesquisa oferece insights valiosos para profissionais e pesquisadores da área, destacando a necessidade de intervenções que promovam o fortalecimento do papel dos pais como defensores dos direitos de seus filhos.

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