Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

Pesquisadores identificaram padrões complexos de desregulação genética relacionados ao gene CHD8, um fator de risco conhecido para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O estudo, realizado em modelos de camundongos, lança luz sobre como a insuficiência do gene CHD8 pode afetar o desenvolvimento cerebral e contribuir para o surgimento do autismo.

A pesquisa utilizou técnicas avançadas de sequenciamento de RNA em células individuais para analisar a expressão gênica no córtex cerebral de camundongos com deficiência do gene Chd8 (Chd8+/-). Os resultados revelaram que a deficiência do Chd8 leva a alterações na expressão de diversos genes, especialmente em células progenitoras e neurônios em desenvolvimento. Foi observado que genes associados a distúrbios do neurodesenvolvimento, remodelagem da cromatina e desenvolvimento de projeções neuronais foram desregulados nas células da glia radial embrionária dos camundongos Chd8+/-. Além disso, genes relacionados à atividade sináptica foram afetados nos neurônios corticais excitatórios pós-natais, indicando um possível comprometimento da sinaptogênese.

Essas descobertas sugerem que a insuficiência do gene CHD8 pode ter impactos distintos em diferentes tipos de células cerebrais durante o desenvolvimento. A desregulação observada em células progenitoras pode afetar a formação adequada do cérebro, enquanto a desregulação em neurônios maduros pode comprometer a comunicação entre as células nervosas. A compreensão detalhada desses mecanismos celulares e moleculares é crucial para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas para o TEA. O estudo destaca a importância de investigar as bases genéticas do autismo em diferentes fases do desenvolvimento cerebral, abrindo novas perspectivas para a pesquisa e o tratamento desse transtorno complexo. As próximas etapas envolvem validar esses achados em humanos e explorar como as interações entre diferentes genes e fatores ambientais podem influenciar o risco de autismo. A identificação de alvos terapêuticos específicos para cada subtipo de TEA é um passo fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

Origem: Link

Deixe comentário